Explorando as dinâmicas de ocupação, resistência e construção cultural na cidade de São Paulo, o documentário “Anhangabaú”, de Lufe Bollini, destaca a união entre a comunidade indígena Guarani Mbya, a Ocupação Ouvidor 63 — maior ocupação artística da América Latina — e o grupo Teatro Oficina.
O longa terá uma masterclass especial na próxima sexta-feira, 24 de janeiro, às 15h, na Caixa Cultural, na Praça da Sé. A atividade será conduzida pelo diretor Lufe Bollini e pelo produtor e diretor de fotografia Rafael Avancini, que abordarão o processo criativo e as conexões entre os personagens e a cidade. No dia seguinte, sábado, 25 de janeiro, no mesmo horário e local, o filme será exibido em sua pré-estreia, com entrada gratuita. Ambos os eventos integram as comemorações pelos 471 anos de São Paulo. Interessados podem se inscrever no site da Caixa Cultural, e a classificação indicativa é de 16 anos.
Reconhecimentos e trajetória
“Anhangabaú” já coleciona prêmios em festivais de cinema pelo país. Recebeu o título de melhor documentário no 51º Festival de Cinema de Gramado, foi eleito melhor filme da crítica no Festival de Cinema de Balneário Camboriú, e ainda conquistou o prêmio de melhor montagem no Festival de Cinema da Fronteira. O filme também contou com a mentoria da montadora Jordana Berg durante o DocSP, ampliando ainda mais a qualidade do projeto.
A obra foi realizada em parceria entre as produtoras Elixir Entretenimento, Kino-Cobra Filmes e Fogo no Olho Filmes.
Um retrato das disputas simbólicas
“Anhangabaú” revela as camadas sociais e culturais que envolvem o território urbano de São Paulo, retratando como arte, ocupação e ancestralidade indígena se entrelaçam em uma narrativa que questiona as relações de poder e pertencimento na metrópole.
Com forte carga simbólica e estética, o documentário oferece ao público a oportunidade de refletir sobre o papel do espaço público e da resistência cultural na construção da identidade paulistana. A exibição gratuita promete ser um dos destaques das celebrações do aniversário da cidade, conectando arte e memória coletiva.