A Disney parece estar pronta para reacender um de seus projetos mais aguardados pelos fãs de animação e live-action: o remake de Enrolados (ou Tangled, no original em inglês). Após uma pausa imposta pela baixa recepção de outra adaptação recente, o longa ganha novo fôlego, com nome de peso sendo cotado para um dos papéis centrais.
A trama original acompanha Rapunzel, uma princesa com longos cabelos mágicos que vive confinada em uma torre, protegida e manipulada por Mãe Gothel — personagem cuja obsessão pela juventude motiva todo o conflito da história. Gothel sequestrou Rapunzel ainda bebê, impedindo que ela descubra sua origem verdadeira e o mundo exterior.
O estúdio estaria agora considerando Scarlett Johansson para interpretar essa vilã emblemática. A escolha de Johansson traz consigo uma série de expectativas: atriz de grande apelo internacional, capaz de agregar glamour e peso dramático, ela poderia dar ao papel uma nova intensidade — a marca de uma Gothel que vai além da maldade tola, explorando facetas mais sombrias e complexas.
A direção continua sob responsabilidade de Michael Gracey, conhecido por seu trabalho com espetáculos visuais e musicais, enquanto o roteiro é conduzido por Jennifer Kaytin Robinson, roteirista com experiência em adaptações e narrativas de força feminina. A colaboração entre eles pode determinar o tom que o remake vai assumir: se mais fiel ao original animado, ou se seguirá caminhos de reinvenção para dialogar com o público contemporâneo.
A retomada do projeto, entretanto, vem após uma suspensão que impactou as produções live-action da Disney. O insucesso comercial da versão de Branca de Neve fez o estúdio repensar custos, expectativas de retorno e apelos nostálgicos. Com Enrolados, a aposta é que a combinação de clássico querido, elenco de peso e produção visualmente ambiciosa possa alcançar sucesso maior — especialmente à luz de remakes recentes que demonstraram público disposto a revisitar essas histórias.
Entre os desafios está equilibrar o que já encantou no desenho original — a música, o humor, o encanto visual, a inocência da princesa — com inovações que tornem o remake relevante para espectadores mais jovens, diferentes de contexto, que cresceram em meio a franquias mais diversas e expectativas diferentes de representatividade e profundidade psicológica.
Também paira incerteza sobre quem interpretará Rapunzel e Flynn Rider no live-action. Embora nomes tenham sido mencionados em rumores, nada foi confirmado oficialmente. A própria Johansson está apenas cotada — negociações ainda estariam em curso, sem compromisso definitivo.
Se tudo ocorrer conforme o desejo do estúdio, veremos uma produção que buscará reavivar o encanto da animação com estética moderna, efeitos realistas e um vilão muito bem definido, capaz de rivalizar com a ternura da mocinha e o espírito aventureiro do herói.
Enrolados ao vivo renasce, portanto, como uma aposta da Disney de que o passado animado ainda pode iluminar o presente, desde que reimaginado com cuidado, talento e ousadia — e que Gothel volte a dar seus recados com mistério, sedução e ameaça.
