Após o delicado processo de um transplante de medula, Fabi Justus vive um momento de ressignificação física e emocional. Filha do empresário Roberto Justus, ela tem usado as redes sociais não apenas para registrar sua recuperação, mas para lançar luz sobre as transformações silenciosas que o corpo enfrenta após um procedimento tão invasivo. Recentemente, Fabi revelou um ganho de peso repentino e inesperado, consequência direta de medicamentos utilizados no pós-operatório — uma mudança que trouxe impactos não apenas na balança, mas em sua rotina, autoestima e percepção do próprio corpo.

A jovem, que já vinha sendo acompanhada por seguidores desde o diagnóstico e início do tratamento contra a leucemia mieloide aguda, agora lida com os efeitos colaterais do uso de corticoides. O inchaço, a retenção de líquidos e o ganho de peso são sintomas comuns em pacientes imunossuprimidos ou em processo de reabilitação oncológica. Fabi, no entanto, optou por não esconder ou amenizar esses impactos. Pelo contrário, assumiu publicamente a surpresa ao notar o aumento de dois quilos em poucos dias e refletiu sobre como pequenas mudanças corporais podem ter grande peso emocional, especialmente em um contexto de vulnerabilidade.

Mas mais do que apenas relatar os efeitos colaterais do tratamento, Fabi tem protagonizado uma narrativa de aceitação progressiva. Ao invés de buscar culpados ou soluções imediatas, ela escolhe acolher o próprio corpo, compreendendo-o como um instrumento de cura e superação. Essa postura, pouco comum no universo midiático — frequentemente marcado por exigências estéticas irreais —, tem despertado identificação e apoio entre seguidores que passam por situações semelhantes.

A mudança na rotina alimentar também é um dos pontos abordados por Fabi. A alta dosagem de corticoides tende a aumentar o apetite e interferir no metabolismo. Com honestidade, ela compartilhou os desafios em manter uma alimentação equilibrada diante das novas necessidades e sensações físicas. A energia, que antes era canalizada em exercícios e atividades diárias, agora precisa ser cuidadosamente dosada para respeitar os limites de um corpo ainda em recuperação.

A jornada de Fabi Justus vai além da recuperação clínica. Trata-se de uma travessia emocional, marcada por altos e baixos, onde cada quilo a mais ou a menos representa mais do que números: simboliza resistência, adaptação e, sobretudo, humanidade. Em tempos de filtros e corpos idealizados, sua disposição em expor a própria fragilidade com autenticidade ressoa como um ato de coragem.

A recuperação total ainda exigirá paciência, cuidados médicos constantes e ajustes frequentes no estilo de vida. Porém, com sua transparência, Fabi não apenas transforma o próprio processo em aprendizado pessoal, como contribui para um debate mais sensível e empático sobre saúde, imagem corporal e aceitação. Ao trazer à tona essas conversas, ela oferece um olhar mais honesto e realista sobre o que é viver — e sobreviver — após o impacto de um diagnóstico que muda tudo.

Se a aparência física mudou, o brilho interior parece ter ganhado ainda mais força. E é com essa luz que Fabi Justus segue iluminando um caminho de resiliência que inspira muitos a também abraçarem suas cicatrizes.